16 junho 2006

Do assombro e outras precariedades

A emergência da vida te cerca por todos os lados
A consciência se faz plena, mesmo sabendo-se fragmentada, confusa, mesquinha até.

És humano! Grita uma voz ao longe
ou será mais próximo?
Quem sabe o garoto vendendo bala, o sorriso da moça bonita, o passo arrastado do tempo que passa...
Chega! Isso não importa mais, pelo menos não agora.

No turbilhão de idéias e sentimentos, o equilíbrio é frágil.
A vaga sensação de que existe algo além
A certeza absoluta de que devo ir mais além.

Navegar na vaga certeza da sensação absoluta...

As palavras não se entendem muito bem,
não fazem distinção entre desvario e comedimento
É, ser-Clarice não é para qualquer um.

A velha fórmula da Alquimia urbana se revela atraente:
Barulho e cerveja,
um doce enganar-se a si mesmo,
doce tolice da eternidade suspensa...

Tudo bem, nem toda cumplicidade é perversa,
pois o estrago já foi feito e as seqüelas serão cultivadas com carinho.

Um comentário:

Unknown disse...

Essa eu conheço.. reconheci... Você me mandou por email quando eu tava na ásia e te pedi poesias... mas era 2004/2005, pode ser? É forte, bonita..
bjus, helena.